sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Anúncio Antitabagismo

Planejamento:

* Anúncio Emocional
* Mídia Impressa
* Tempo: Psicológico
* Foco narrativo: 3ª pessoa, narrador onisciente
* Personagem: Homem fumante que decide parar de fumar
* Espaço/Ambiente: Interior da personagem, representado por uma cidade.

“A cidade da fumaça vivia nas sombras. Ali, árvores não cresciam, ladeiras não existiam e as quedas de energia eram cada vez mais frequentes. Entre os habitantes, sorrisos eram raros e, quando ocorriam, eram forçados. O ponto de encontro eram os hospitais, já que os restaurantes eram pouco frequentados.
João morava na cidade há tanto tempo que esquecera como era viver fora dali. Cansado de tudo aquilo, decidiu viajar. De início foi difícil de se acostumar às novidades: era tudo muito claro, as pessoas sorriam, respirar era mais fácil, havia muitos jardins, novos sabores foram descobertos e a cidade parecia sempre agitada. Foi tão bem recebido lá e estava tão feliz com tudo que não quis mais voltar à cidade da fumaça, onde a população fumava o tempo todo.”

Por Fernanda Sales, Mônica Zafani, Paula Carvalho e Pietro Coelho

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Paixão (texto curto)

Após muitos anos sem se interessar por ninguém além de si mesma, o amor a fez querer conviver com alguém novamente, Amor e Loucura, juntos e soltos conheceram a paixão.

Pietro Coelho e Maria Roberta Monti

sábado, 3 de outubro de 2009

Identidade

Depois de três anos sem parar em um emprego, Sr. D. finalmente conseguiu arranjar um trabalho em uma pequena fábrica de brinquedos no interior da cidade de Maxim, estava ansioso para o seu primeiro dia; tomou um banho rápido, comeu um sanduíche, pegou sua maleta e saiu rumo ao local. Foi a pé, já que teve de vender seu carro para pagar as contas da casa, ia com pressa para não chegar atrasado, mas ao longo do caminho ia parando para observar os grandes edifícios da cidade, os quais tinham os mais variados formatos, indo de edifícios redondos e largos até os compridos e altos o bastante para se compararem a arranha-céus.

Certo tempo depois de sua saída, Sr. D. chegou à fábrica na qual iria começar seu novo emprego, era enorme, repleta de janelas e chaminés de vários tamanhos e, no topo da fábrica, existia uma grande escultura de um coringa sorridente, chegando a ser até meio assustador. Na parte frontal, próximo à rua, havia um grande portão de aço entreaberto pelo qual Sr. D. passou para entrar na fábrica. Em seu interior várias pessoas trabalhavam em um ritmo constante, cada uma desempenhando funções diferentes, mas de uma forma um tanto quanto automatizada, se me permite dizer; a cada novo produto que chegava à linha de montagem os funcionários realizavam suas tarefas em um tempo pré-determinado, sem nem ao menos um segundo de diferença a cada nova montagem, o que acabou deixando Sr. D. muito impressionado.

Recebeu seu crachá, de número 674532901, e começou seu trabalho, sua função era analisar os brinquedos em seu estágio final, após passar por toda a linha de montagem; era um trabalho considerado monótono, mas que Sr. D. fazia com empenho e dedicação, chegando até a se divertir um pouco observando alguns brinquedos que chegavam com defeitos catastróficos. Logo o sinal para o horário de almoço soou e Sr. D., junto com os outros empregados, se dirigiu ao refeitório, onde pode observar com mais atenção os outros funcionários da fábrica, todos com seus crachás de números complexos e longos, aventais brancos e capacetes azuis; outra característica marcante entre todos os que trabalhavam na fábrica era a ausência de um rosto, todos possuíam um vazio onde deveriam estar os olhos, a boca, o nariz, ou seja, todas as partes que compõem um rosto humano, fazendo com que todos os funcionários fossem iguais, diferenciando-se apenas pelos números presentes nos crachás.

De início Sr. D. achou tudo aquilo um tanto quanto estranho e confuso, porém, após observar atentamente, viu que o fato de não possuírem rostos não influenciava no comportamento de nenhum dos funcionários, todos agiam normalmente, como se não houvesse nada de errado com nenhum deles. Após um tempo, o horário de almoço acabou e todos voltaram ao trabalho, montando brinquedos após brinquedos, enquanto Sr. D. revisava a todos, sem parar por nem um segundo, anotando cada detalhe em sua prancheta e separando cada brinquedo em pilhas de bons e ruins.

Logo, Sr. D. se fixou no novo emprego e sua rotina foi se repetindo dia após dia, semana após semana, mês após mês; sempre revisando brinquedos, sempre indo dormir e acordando no mesmo horário, fazendo o mesmo caminho, parando para observar os mesmos edifícios e passando sempre pelo grande portão de aço, abaixo do grande coringa sorridente. Unindo-se ao enorme número de funcionários e realizando suas tarefas de maneira automática, Sr. D. começou a perder o ânimo para o trabalho e passou a realizá-lo como algo rotineiro, assim como os outros, fazendo tudo de maneira automática; se sentiu acorrentado à fábrica, tornando-se automatizado assim como os outros funcionários, mas, não se sentia desesperado por isso, na verdade se sentia como se tudo fosse normal, como se fizesse parte de tudo aquilo naturalmente e como se todos fossem iguais a ele: um homem sem rosto com um crachá de número 674532901.